Meu querido e amado marido adora o programa do Dr. Flavio Gikovate, gosta da forma que ele aborda o relacionamento e a forma de amar, eu também gosto.
Porém, acredito que como quase toda menina me identifico muito mais com os textos da Martha Medeiros. Quando li esse texto abaixo gostei tanto! Porque desde criança, tudo influencia a necessidade de ouvir um "Eu te amo". Claro que lembro a primeira vez que ouvi e foi um instante mágico! Nenhum filme da Disney se comparava com aquela sensação! Meu coração batia forte parecia que ia rasgar o meu peito, estrelas flutuavam pela minha cabeça, meu corpo todo tremia, o calor do abraço e o sabor inesquecível do primeiro beijo.
Mas falar é fácil, difícil é demonstrar esse amor dia a dia, ano após ano, década após década, lembrei de dois casais que tenho o prazer de conhecer, são lindos e eu amo muito poder estar com eles. São pessoas lindas...que dedicaram uma vida inteira de amor, companheirismo, amizade e atitude. Um deles é avô do meu marido e certa vez estávamos conversando sobre casamento, sobre a importância da cumplicidade e ele me falou que muitas vezes o casamento não é fácil, mas que acima de tudo tem que vir a vontade de estar junto da pessoa amada. E isso é uma verdade! Bom, chega de falatório e segue o texto da Martha.
"O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."
Beijos,
Renata Vasconcellos
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