janeiro 08, 2012

Sobre separações


O nosso coração é um terreno muito delicado e sensível, qualquer passo falso podemos explodir como uma bomba e o sangue que escorre transborda dos nossos olhos como tristeza deixando o nosso corpo. O sangramento cessa mas as feridas ficam e demoram muito para cicatrizar. 
Quando temos muitas cicatrizes no coração e na alma, o local em que elas se encontram possui uma sensibilidade ainda maior, qualquer mudança de temperatura ou de humor ela dói, talvez não sangre mais, mas dói e muito. Ainda não tenho certeza se quando conseguimos nos perdoar ou perdoar o outro pela ferida ela ainda doa ou só continue a cicatriz.
Somente você sabe onde pode caminhar por esse terreno, as vezes nem nós conseguimos, né? Lembro que quando me separei do pai da minha filha, jurei de pé junto para minha mãe e quem pudesse ouvir que jamais teria outro relacionamento, que jamais investiria tempo em uma relação, claro que queimei a língua e queimei feio, muito feio. Mas isso é uma outra história. 
Quando existe uma separação nada é tão simples, e não são só as separações entre casais, mas entre amigos, familiares, pais e filhos, sempre existirá dor, perdas, mágoas entre outras coisas que só quem passou por isso sabe bem. Só o tempo e talvez precise de muito tempo é que as coisas vão melhorando , nossas vidas vão se encaixando e tudo parece mais normal. 
O tempo é o senhor da vida e devemos sempre confiar na vida, se você está nesse momento confuso e turbulento, lembre-se: vai passar. Um dia vai passar. Tenha muita fé nesse tempo de espera. E acredite, sempre acredite na vida. As coisas são exatamente como tem que ser. As pessoas entram e saem da nossa vida de acordo com as experiências que devemos experimentar, não se agarre na dor, apenas sinta, cresça com ela, mas siga em frente e saiba que nunca estará sozinho, pois Deus sempre está do seu lado e se você quiser pode tentar sentir o amor de Deus por você, vai conseguir, fale com ele das suas dores, seus medos suas angústias, ele vai ouvir e te estender a mão e isso muitas vezes basta para sair do buraco que nos enfiamos.
Beijos,
Renata Vasconcellos

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