fevereiro 06, 2013

Tirando a poeira da cabeça




Escrever sempre foi e é minha maior fonte de conexão comigo mesma, é minha maneira de me enxergar melhor, me sentir e me ouvir. 
Acho que não sou a única a fazer isso, mas para mim é muito fácil escrever um desabafo, meus medos, sonhos, frustrações, decepções numa folha e depois descartá-la ou quem sabe deixar a folha jogada em um canto qualquer da nossa pequena bolha, talvez apenas para esquecê-la ou na ingênua esperança que algum desavisado leia nosso relato e nos compreenda melhor. 
Eu escrevo desde de muito pequena, numa folha, em cadernos (tenho muitos) , diários e agora também no Mac. Sempre foi mais fácil expressar o que queria dizer e não sabia como, ou não tinha coragem, ou não sabia se chegaria até o fim da primeira frase sem gaguejar ou chorar, então acho que a escrita me cai muito bem. 
Escrever no blog me fez repensar muito nas mensagens, por vezes bem explícitas e algumas um  pouco  subliminares, mas o fato é que quero deixá-las aqui, para os leitores e para a posteridade também.
É uma baita responsabilidade! Não fujo dela, mas algumas vezes passo por períodos de ostracismo e acabo empoeirando minha mente e consequentemente minha escrita, minha fala, minha maneira singular de ver o mundo. Nesse momento acabo escrevendo mais para mim.
No final do ano de 2012 pensei em presentear meu marido com algo exclusivo e bem original, pensei, pensei e sabem o que fiz? Escrevi uma carta! Que dúvida. Mas o barato foi que ensaiei uma semana inteira, pois queria ler para ele o que havia escrito, não era uma carta de amor, mas um relato puro e verdadeiro dos meus sentimentos, da nossa história e do futuro que estamos projetando juntos, eu queria ler...eu li...entre um soluço...outro soluço...a voz embargada...os olhos vermelhos e o nariz escorrendo, pois sim,  eu fungo muito quando estou em estado de choro. Um horror! Tive que recomeçar a leitura várias vezes. Imagina se eu não tivesse a carta em mãos não teria passado do Era uma vez...e Feliz Ano novo!
Escrever é uma terapia, uma alegria, um barato, tente, ouse, se reinvente, experimente e surpreenda-se.

Beijos,
Renata Vasconcellos

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